Resumos
RESUMOS REGIONAIS
ÁFRICA
Assinatura e ratificação do TPM
Dos 48 países africanos, 40 assinaram o Tratado de
Proibição de Minas (trinta e cinco durante a conferência de assinatura de
Otava, em princípios de Outubro de 1997, e mais cinco desde então - Zâmbia,
São Tomé e Príncipe, Chad, Serra Leoa e Guiné Equatorial, que acedeu).
Os únicos não-signatários são: República da África
Central, Comoros, Congo (Brazzaville), República Democrática do Congo,
Eritreia, Libéria, Nigéria e Somália.
Dos quarenta signatários, dezassete haviam ratificado a 31
de Março de 1999. Em ordem cronológica, eles são: Ilhas Maurícias, Djibuti,
Mali, Zimbabué, África do Sul, Malaui, Moçambique, Guiné Equatorial,
Burquina Faso, Namíbia, Senegal, Benine, Guiné, Lesoto, Suazilândia, Uganda e
Níger. Os relatórios de países do Landmine Monitor indicam que o processo de
ratificação está encaminhado em cerca de metade dos países que ainda não
ratificaram.
Utilização de MAP
O governo de Angola, signatário do tratado, enterrou minas
antipessoal novas em 1998 e 1999. As forças da UNITA também utilizaram MAP nas
suas batalhas constantes. Também parece seguro que os signatários
Guiné-Bissau e Senegal utilizaram minas antipessoal quando lutaram juntos
contra forças militares rebeldes na Guiné-Bissau em 1998. O Senegal ratificou
o tratado em Setembro de 1998 durante um cessar fogo.
Também houve alegações de utilização pelos signatários
Ruanda, Uganda e Zimbabué no conflito na República Popular do Congo, mas não
existem provas concretas e os governos acusados negam a utilização de minas.
Foram utilizadas minas em 1998 e/ou princípios de 1999 por
forças rebeldes em Angola, Djibuti, Guiné-Bissau e Uganda, bem como por
diversas facções na Somália. Tem havido também alegações frequentes de
utilização na RPC por forças governamentais, rebeldes e tropas estrangeiras,
na Eritreia por tropas governamentais e no Sudão pelos rebeldes do governo.
Produção e Exportação de MAP
Não existem actualmente produtores e exportadores de minas
antipessoal em África. (O Egipto, que ainda produz minas, está incluído na
secção da África do Norte/Médio Oriente deste relatório). No passado, a
África do Sul, Uganda e Zimbabué, e possivelmente a Namíbia, produziram MAP.
A África do sul e o Zimbabué também foram exportadores.
Armazenamento de MAP
Não existem quase dados nenhuns sobre os números de minas
antipessoal nos armazenamentos dos países africanos, quer signatários ou não.
Poucos são os países que começaram o processo de destruição.
A África do Sul (243.423 minas) e a Namíbia (50 toneladas
de minas e UXO) dizem que destruíram todo o seu estoque operacional de MAP. O
Mali, a Guiné-Bissau e talvez o Uganda e o Gabão destruíram parte dos seus
armazenamentos.
Os que possuem armazenamentos hoje em dia são todos
não-signatários, com a possível excepção de Comoros, mais Angola, Chad,
Djibuti, Etiópia, Gabão, Guiné-Bissau, Quénia, Madagáscar, Malaui, Mali,
Mauritânia, Moçambique, Níger, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Sudão, Uganda,
Zâmbia e Zimbabué. Não se sabe se os seguintes possuem armazenamentos:
Botswana, Burundi, Guiné, Tanzânia e Togo.
Problemas de Minas Terrestres e Acção Respectiva a Minas
África é conhecida pelo continente mais minado. Países
muito afectados incluem Angola, Moçambique, Somália (e Somalilândia), Sudão,
Eritreia e Etiópia. Outros são Zimbabué, Ruanda, Zâmbia, Chad, Namíbia,
Burundi, Uganda, RD Congo, Mauritânia, Serra Leoa, Libéria, Senegal,
Guiné-Bissau, Congo-Brazzaville, Djibuti, Malaui, Níger, África do Sul e
Suazilândia.
As operações de eliminação de minas estão a ser
efectuadas em Angola, Moçambique, Namíbia, Ruanda e Zimbabué, com níveis
variáveis de êxito.
Tem-se gasto uns $116 milhões na acção respectiva a minas
em Moçambique, provavelmente mais que em qualquer outro país excepto o
Afeganistão. Mais de $50 milhões foram gastos em Angola, mais de $10 milhões
na Eritreia, e perto de $10 milhões na Etiópia.
Américas
Assinatura e ratificação do TPM
Nas Américas existe apoio quase universal pelo Tratado de
Proibição de Minas. Trinta e três países assinaram o tratado; os Estado
Unidos e Cuba são os únicos não-signatários. Aos 31 de Março de 1999,
dezanove países da região haviam ratificado o tratado de proibição (por
ordem de ratificação): Canadá, Belize, Trinidade e Tobago, Bolívia, México,
Peru, Jamaica, as Baamas, Grenada, Honduras, Panamá, Paraguai, Nicarágua, St.
Kitts e Nevis, Barbados, El Salvador, Costa Rica, Dominica e Guatemala.
Aqueles que assinaram, mas não ratificaram são: República
de Antigua, Equador, Guiana, Haiti, Santa Lúcia, São Vicente e as Grenadines,
Suriname, Uruguai e Venezuela. O processo legislativo para ratificar está em
progresso em pelo menos metade destes países.
Utilização de MAP
O único país da região onde há provas de que se estavam a
colocar minas antipessoal em 1998 e princípios de 1999 é a Colômbia, onde
vários grupos rebeldes, sobretudo os UC-ELN e os FARC, produziram e utilizaram
minas antipessoal e improvisaram engenhos explosivos durante anos.
Produção e Exportação de MAP
Como resultado do Tratado de Proibição de Minas e das
políticas domésticas, sete países da região pararam de produzir minas
antipessoal: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Nicarágua e Peru. A
produção da Colômbia, que parou em 1996, não tinha sido registada por outros
governos e ONG antes da publicação do Landmine Monitor Report 1999.
Os Estados Unidos e Cuba continuam a ser os únicos
produtores de MAP do hemisfério. Nenhum país da região +e actualmente
exportador de minas antipessoal. Os Estados Unidos transformaram a sua
moratória de exportação numa proibição permanente em 1997, e Cuba declarou
formalmetne que não exporta minas terrestres. Os signatários do tratado
Argentina, Brasil, Canadá e Chile exportaram minas no passado.
Armazenamento de MAP
O Canadá e El Salvador destruíram todo o seu estoque
operacional de minas antipessoal. A Guatemala declara que não possui um
armazenamento de MAP. A destruição parcial de armazenamentos ocorreu na
Nicarágua, Estados Unidos e Uruguai.
Pensa-se que os seguintes países nunca possuíram minas
antipessoal: Antigua e Barbuda, Baamas, Barbados, Bolívia, Costa Rica,
Dominica, República Dominicana, Grenada, Haiti, Honduras, Jamaica, México,
Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e as Grenadines e Trinidade e
Tobago.
Problemas de Minas Terrestres e Acção Relativa a Minas
As minas por eliminar são um problema constante nas
Américas. Os países mais afectados dão a Colômbia e a Nicarágua. Outras com
um problema de minas são as Honduras, Costa Rica, Guatemala, e Peru e Equador
ao longo das suas fronteiras, bem como as disputadas Ilhas Malvinas. O maior
número de minas, de 500.000 a um milhão, parecem estar plantadas nas
fronteiras do Chile com a Argentina, a Bolívia e o Peru. Porém, estas minas
parecem causar poucos acidentes a civis.
Tanto os Estados Unidos como Cuba enterraram minas à volta
da Base Naval americana de Guatanamo; os EU prometeram retirar todas as suas
minas antipessoal até o fim de 1999.
Os programas de levantamento humanitário de minas estão
encaminhados na Nicarágua, Honduras, Costa Rica e Guatemala (em colaboração
com a OAS e o Gabinete de Defesa Inter-Americano), O Peru e o Equador chegaram a
um acordo conjunto em 1998 para eliminar as minas da fronteira. Em Novembro de
1998, o furacão Mitch devastou as Honduras, mas apenas atrasou o processo de
eliminação de minas alguns meses. Todos os países da América central devem
alcançar o objectivo de estarem isentos de minas no ano 2000, excepto a
Nicarágua, onde o objectivo parece ter deslizado para 2004, devido ao furacão
e a outros factores.
Foi assinado um Memorando de Compreensão sobre um programa
Conjunto para a Reabilitação de Vítimas de Minas na América Central, pelo
México, Canadá e PAHO. A iniciativa, financiada com uma bolsa inicial de 3,5
dólares canadianos, irá aferir, e começar a atender as necessidades das
vítimas de guerra de El Salvador, Nicarágua e Honduras.
Os Estados Unidos forneceu mais dinheiro para acção global
respectiva a minas que qualquer outro país (aproximadamente $173 milhões para
eliminação, $50 milhões para apoio a vítimas e $63 milhões para pesquisa e
desenvolvimento de eliminação de minas). O Canadá é outro doador para
acção respectiva a minas (cerca de $26 milhões).
Pacífico Asiático
Assinatura e ratificação do TPM
Dos trinta e nove países da região do Pacífico Asiático (que
se prolonga do Afeganistão no ocidente até as ilhas do Pacífico no oriente),
dezoito assinaram o Tratado de Proibição de Minas.
Os signatários são: Austrália, Bangladesh, Brunei, Camboja,
Ilhas Cook, Fidji, Indonésia, Japão, Malásia, Maldivas, Ilhas Marshall, Nova
Zelândia, Niue, Filipinas, Samoa, Ilhas Salomão, Tailândia e Vanuatu.
Os não-signatários são: Afeganistão, Butão, Birmânia
(Myanmar), China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Índia, Kiribati, Laos,
Micronésia, Mongólia, Nauru, Nepal, Paquistão, Papua Nova Guiné, Singapura,
Sri Lanka, Tonga, Tuvalu e Vietname.
Dos dezoito signatários, aos 31 de Março, apenas oito
haviam ratificado o tratado. Por ordem cronológica, eles são: Niue, Fidji,
Samoa, Japão, Tailândia, Austrália, Ilhas Salomão e Nova Zelândia.
Utilização de MAP
Não foram encontradas provas de utilização de minas AP por
signatários do tratado. É muito provável que as forças da oposição no
Camboja tenham utilizado minas em 1998, mas o governo nega ter utilizado minas
AP desde que assinou o tratado.
Dos não-signatários, a utilização continua em regime
quase diário na Birmânia, tanto pelo governo militar como por uma diversidade
de grupos étnicos armados. O Exército do Sri Lanka e os rebeldes Tigres Tamil
(LTTE) continuam a plantar minas antipessoal.
As forças da oposição no Afeganistão reconhecem a
continuação de utilização de minas AP, enquanto que existem rumores de
utilização recente pelos Taliban.
Produção e Exportação de MAP
Oito dos 16 restantes produtores de minas antipessoal do
mundo estão nesta região: Birmânia, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul,
Índia, Paquistão, Singapura e Vietname.
Aqueles que pararam de produzir MAP, ou como resultado do
tratado ou por política doméstica, incluem o Japão, as Filipinas, Taiwan e a
Tailândia.
Pensa-se que nenhum país da região seja actualmente
exportador de minas antipessoal. Os antigos exportadores Paquistão e Singapura
têm moratórias de exportação formais, enquanto que os antigos exportadores
China e Vietname afirmaram publicamente que não estão actualmente a exportar.
Que se saiba, mais nenhum país do Pacífico Asiático exportou no passado, mas
é digno de nota que a Índia e a Coreia do Sul anunciaram moratórias de
exportação formais. A Birmânia e a Coreia do Norte não possuem quasquer
restrições de exportação.
Armazenamento de MAP
Pensa-se que a China, com uma estimativa de 110 milhões de
minas antipessoal, tem o maior armazenamento de MAP do mundo. A Índia, com uma
estimativa de 4-5 milhões de MAP, e a Corei do Sul, com uns 2 milhões de MAP,
também têm dos maiores armazenamentos de mians do mundo.
Poucos países desta região começaram a destruir minas
antipessoal. As Filipinas terminaram já a destruição das suas minas (2.460
minas Calymore). A Nova Zelândia destruiu o seu pequeno armazenamento de minas
em 1996, e já só possui minas Claymore de detonação por comando. O Camboja
destruiu umas 72.000 MAP. O Japão está a desenvolver um plano para destruir o
milhão de MAP do seu armazenamento.
Pensa-se que todos os países da região possuem
armazenamentos menos a Nova Zelândia, as Filipinas, Butão, as Maldivas, Papua
Nova Guiné (Claymore apenas), os estados das ilhas do Pacífico e possivelmente
o Nepal.
Problemas de Minas Terrestres e Acção Relativa a Minas
O Camboja e o Afeganistão são considerados dos países mais
afectados por minas do mundo. No Afeganistão, 146 quilómetros quadrados de
terrenos foram desinfestados de minas, mas outros 713 quilómetros quadrados
aguardam a eliminação. Os acidentes no Afeganistão calculam-se entre 10 e 12
por dia, cerca de metade do cálculo de 1993. No Camboja, 148 quilómetros
quadrados foram limpos; mais 644 quilómetros quadrados estão minados, e
suspeita-se que mais 1.400 também o estejam. Houve 1.249 acidentes com minas em
1998, cerca de um terço do cálculo de há vários anos atrás.
A fronteira da China com Vietname foi muito minada, mas ambos
os lados têm vindo a efectuar operações de eliminação, e a China afirma ter
eliminado as minas de mais de cem quilómetros quadrados de terreno, em 1998 e
início de 1999. Na província vietnamita de Quang Tri, a zona mais afectada
deste país, está em movimento uma nova operação de eliminação.
A fronteira da Tailândia com o Camboja também está
seriamente minada, mas os tailandeses ainda não puseram em movimento um
programa de desminagem significativo. Na península Jaffna do Sri Lanka há um
grave problema de minas, mas está-se a estabelecer naquele local um programa de
levantamento de minas do PDONU.
O Laos continua gravemente infestado com UXO das guerras da
Indochina, bem como com minas; os esforços de levantamento estão a aumentar, e
foram já desminados 159 hectares de terra em 1997, e 239 hectares em 1998 (em
Outubro). A Birmânia tem um problema de minas nas suas fronteiras com a
Tailândia e Bangladesh, mas não houve ainda qualquer desminagem sistemática.
O Bangladesh, a Malásia, a Índia, o Paquistão, a Coreia do Norte e a Coreia
do Sul têm ligeiros problemas de minas, predominantemente nas zonas
fronteiriças.
O Japão e a Austrália são dos maiores doadores de acção
respectiva a minas do mundo. O Japão forneceu cerca de $39 milhões (incluindo
$8,65 milhões só em 1998) e a Austrália cerca de $23 milhões).
Europa/Ásia Central
Assinatura e ratificação do TPM
Trinta e nove dos cinquenta e três países da Europa/
Ásia Central assinaram o Tratado de Proibição de Minas.
Entre elas contam-se quatro desde a conferência inicial sobre a assinatura do
tratado, em Dezembro de 1997: a Albânia, a Macedónia (que acedeu), a Ucrânia
e a Lituânia.
Os catorze não-signatários são: Arménia, Azerbaijan,
Bielorússia, Casaquistão, Estónia, Finlândia, Geórgia, RF Jugoslávia,
Kyrgyzstan, Látvia, Rússia, Tajiquistão, Turquia, Uzbequistão. É de notar
que esta lista contém 11 estados da antiga União Soviética. Todos os membros
da União Europeia assinaram, com excepção da Finlândia, toda a NATO menos a
Turquia, toda a Europa Central/de Leste menos a RF Jugoslávia.
Apesar das nações da antiga União Soviética hesitarem em
assinar, o Turkmenistan fê-lo na conferência de assinatura do tratado, em
Dezembro de 1997, e tornou-se no quadragésimo país a ratificar, em Janeiro de
1998. Num desenvolvimento muito importante, a Ucrânia - com 10 milhões de
minas antipessoal, o quarto maior arsenal do mundo - assinou em Fevereiro de
1999, tal como a Lituânia, o primeiro estado Báltico.
Dos trinta e nove signatários da região, vinte e quatro
ratificaram (por ordem cronológica): Irlanda, Turkmenistan, Santa Sé, São
Marino, Suíça, Hungria, Croácia, Dinamarca, Áustria, Andorra, Noruega,
França, Alemanha, reino Unido, Bulgária, Bélgica, Bósnia e Herzegovina,
Macedónia, Eslovénia, Mónaco, Suécia, Espanha, Portugal e Eslováquia.
Os quinze que não ratificaram, são: Albânia, Chipre,
República Checa, Grécia, Islândia, Holanda, Itália, Liechtenstein, Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Moldova, Polónia, Roménia e Ucrânia. A Grécia fez uma
declaração formal aquando da assinatura, dizendo que a ratificação terá
lugar "assim que as condições relativas à implementação de medidas
relevantes [do tratado] forem alcançadas." A Lituânia fez uma
declaração quase idêntica.
A Polónia afirmou que não implementará o tratado até que
ele se torne "verdadeiramente universal, com a participação de todas as
potências," e a Polónia encontrou alternativas às MAP.
Utilização de MAP
No período entre Dezembro de 1997 até início de 1999,
parece que forma plantadas novas minas antipessoal na RF Jugoslávia e em Kosovo
pelas tropas jugoslavas e pelo Exército de Libertação de Kosovo, na Turquia
pelo governo e por separatistas curdos (PKK), e na Abkhazia por partidários
geórgicos. Houve também alegações frequentes acerca da utilização pelos
partidários de Abkhazian na Geórgia, e por rebeldes em Tajiquistão. Nenhum
destes sucedidos envolveu signatários do tratado.
Produção e Exportação de MAP
Como resultado da assinatura do tratado, ou de política
doméstica, vinte e três países nesta região pararam de fabricar minas
antipessoal: Albânia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Bósnia, Bulgária,
Croácia, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria,
Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia,
Suécia, Suíça. (A Bielorússia, o Chipre e a Ucrânia foram acusados por
alguns de serem produtores, mas negam produção passada ou actual). O Landmine
Monitor Report 1999 é o primeiro a revelar pormenores do papel passado da
Albânia na produção de minas. A Rússia, a Turquia e a Jugoslávia continuam
a ser os únicos produtores da região. A Rússia anunciou uma paragem na
produção de minas antipessoal "blast" em 1998. Segundo alguams
fontes jugoslavas, não existe proidução de MAP naquele país há vários anos.
Não se pensa que algum país desta região pratique
actualmente a exportação de minas antipessoal. O Landmine Monitor identificou
dezoito países da região como antigos exportadores; dezasseis assinaram o
tratado, a Rússia tem uma moratória formal na exportação de minas
não-detectáveis e não-autodestruidoras, e a Jugoslávia declarou publicamente
que já não exporta MAP.
Armazenamento de MAP
É provável que haja mais de 100 milhões de minas
antipessoal armazenadas nesta região, com a Rússia detém umas 60-70 milhões,
e a Bielorússia milhões, possivelmente dezenas de milhões de MAP. Também é
provável que o armazenamento da Jugoslávia seja muito grande, mas não se
conhece o número. A Finlândia também indicou ter menos de um milhão de MAP
em armazenamento.
Desde o início de 1999, pensa-se que os maiores
armazenamentos pertencentes a signatários do tratado são os da Ucrânia (10
milhões), Itália (7 milhões), Suécia (3 milhões), Albânia (2 milhões),
Reino Unido (850.000), França (650.000) e Espanha (595.000). Para cada um dos
casos, a destruição está a acontecer, ou em fase de planificação,
exceptuando a Albânia. Também se pensa que a Grécia tenha um armazenamento
significativo de minas, sem planos de destruição até a data.
Mas têm-se destruído milhões de minas nos últimos anos,
como na Suíça (3 milhões), Alemanha (1,7 milhões), França (750.000),
Bélgica (430.000), Reino Unido (430.000), Suécia (315.000), Holanda (255.000),
Espanha (cerca de 225.000), Dinamarca (cerca de 200.000) e Ucrânia (101.000).
Ademais, a Rússia destruiu 500.000 MAP que não estavam em conformidade com a
revisão do protocolo de minas da CAC.
A Alemanha, a Áustria, a Bélgica, o Luxemburgo, a Noruega e
a Suíça completaram já a destruição do seu armazenamento de minas
antipessoal operacionais. Pelo menos mais dezasseis países destruíram algumas
MAP.
Problemas de Minas Terrestres e Acção Relativa a Minas
Existem graves problemas de minas na Bósnia e na Croácia,
bem como na Chechnya (Rússia), Abkhazia (Geórgia) e Nagrony-Karabakh (Azerbaijan).
Outros países afectados são a Albânia, a Arménia, a Bulgária, o Chipre, a
Grécia, Kyrgyzstan, Moldova, Eslovénia, Tajiquistão, Turquia e Jugoslávia.
Estão encaminhados programas de levantamento humanitário de minas de grande
escala para a Bósnia e a Croácia.
Ademais, uma série de países da região ainda está a
sofrer de minas e bombas por explodir da Segunda Guerra Mundial, notavelmente a
Bielorússia, a Bélgica, a Dinamarca, a França, a Látvia, a Lituânia, o
Luxemburgo, a Polónia, a Rússia, e a Ucrânia. Nalguns casos, milhares de
minas e bombas por explodir são levantadas anualmente.
Onze dos principais quinze doadores de acção respectiva a
minas são desta região, incluindo a Noruega, o Reino Unido, a Suécia, a
Alemanha, a Dinamarca, a Holanda, a França, a Suíça, a Finlândia, a Bélgica,
e a CE. Em conjunto, as contribuições remontam a mais de $555 milhões.
Médio Oriente/África do Norte
Assinatura e ratificação do TPM
Cinco dos dezoito países da região assinaram 0 Tratado de
Proibição de Minas: Iémen, Qatar, Argélia, a Tunísia, durante a
conferência de assinatura em Dezembro de 1997, e a Jordânia a 11 de Agosto de
1999. O Iémen (Setembro de 1998), Qatar (Outubro de 1998) e a Jordânia (Novembro
de 1998) também ratificaram. A Tunísia fez passar legislação de
ratificação em Outubro de 1998, mas ainda não a depositou oficialmente junto
das Nações Unidas. O Iémen tem uma lei doméstica de proibição, mas não se
sabe se ela constitui legislação de implementação do tratado. Aqueles que
não assinaram o tratado incluem: Bahrain, Egipto, Irão, Iraque, Israel,
Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Oman, Arábia Saudita, Síria e Emiratos
Árabes Unidos. Com base em declarações políticas, actos e votos na ONU, os
governos mais opostos ao Tratado de Proibição de Minas são o Egipto, o Irão,
o Iraque, Israel, a Líbia, Marrocos e a Síria.
Utilização de MAP
Apesar das minas antipessoal terem sido muito utilizadas por
toda a região, há confirmação de novas utilizações em 1998 e no início de
1999 apenas no Líbano do sul, ocupado por Israel, onde as MAP foram plantadas
tanto pelas forças israelitas como por intervenientes não-estatais,
particularmente o Hezbollah.
Produção e Exportação de MAP
Quatro países da zona - Egipto, Irão, Iraque e Israel -
identificam-se tanto como produtores e exportadores de minas antipessoal. Israel
disse que pelo menos desde Dezembro de 1997 que já não produz minas
antipessoal. Israel tem um a moratória de exportação formal, e o Egipto e o
Irão declararam que já não exportam minas antipessoal. O Iraque é agora o
único país do mundo que se sabe ter exportado MAP no passado que não declarou
um fim à exportação.
Armazenamento de MAP
Há três países na região que aparentemente não possuem
armazenamentos de MAP: o Quwait, o Qatar e os Emiratos Árabes Unidos. Não é
sabido se o Bahrain tem um armazenamento. O Iémen aparenta ser o único país
que começou a destruir as MAP, destruindo 42.000 em 1998.
Nem um só país da região divulgou detalhes acerca do total
de MAP armazenadas. É provável que o Egipto, o Irão, o Iraque, Israel e
Síria tenham os maiores armazenamentos de MAP.
Problemas de Minas Terrestres e Acção Relativa a Minas
todos os países da região têm alguns problemas de minas
terrestres, excepto Bahrain, Qatar, Arábia Saudita, e os Emiratos Árabes
Unidos. Uma operação extensa de desminação está a ser efectuada no
Curdistão iraquiano. Outros países afectados onde ocorre o levantamento de
minas, por vezes sistematicamente, outras esporadicamente, são o Egipto, o
Irão, Israel, a Jordânia, o Líbano, Marrocos, a Tunísia e o Iémen. Na
maioria destes países, a desminação é efectuada pelas forças armadas.